Brief

Summary:

Brazilian Ministers of Labor and Employment, Luiz Marinho, and Development, Family, and Combat to Hunger, Wellington Dias, have signed a pact to promote sustainable labor practices in the coffee industry. The agreement aims to ensure decent work, improve labor relations, and create a tripartite dialogue permanent to resolve conflicts and promote formal employment contracts. The pact sets principles and guidelines for improving labor conditions in the coffee sector, focusing on formalization, job security, and fair labor relations. The signing entities, which include trade unions and agricultural associations, will work together to promote dialogue and social negotiation, valuing the importance of collective bargaining and respecting workers' rights.

Os ministros do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, e do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, assinaram na tarde desta terça-feira (30) em Brasília, um pacto de práticas sustentáveis na contratação de trabalhadores pelo setor da cafeicultura. O acordo, firmado com entidades patronais e de trabalhadores do setor, busca promover o trabalho decente e o aperfeiçoamento das relações e condições de trabalho na cadeia produtiva do café.

Para isso, o Pacto prevê a instalação de uma Mesa Tripartite de Diálogo Permanente, num prazo de 60 dias, que vai discutir a resolução de conflitos e questões relacionadas às relações de trabalho e emprego, promovendo a formalização dos contratos de trabalho com transparência e condições adequadas de segurança e saúde, valorizando o diálogo social e a negociação coletiva para resolução de conflitos.

Para Luiz Marinho, o Pacto busca disseminar um entendimento de boas práticas buscando erradicar o uso da mão de obra ilegal. “O libera geral patrocinado pela última reforma trabalhista tem levado a precarização e ao trabalho análogo à escravidão, e isso está acontecendo em vários setores. O fim da ultratividade dos contratos está levando à insegurança jurídicaâ€, afirmou o ministro, acentuando que a ultratividade “deveria ser uma cláusula pétrea nos contratos coletivosâ€.

A ultratividade dos contratos coletivos de trabalho foi proibida pela legislação trabalhista brasileira após a reforma promovida em 2017.

O pacto, segundo o ministro, é um farol “para que se comece a pensar, como, a partir disso, a gente pode pensar em trazer segurança jurídica aos contratos e convenções coletivasâ€. Ele afirmou que o Ministério vem construindo com a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) a possibilidade de um pacto geral a todos os setores da agricultura, ampliando para todos os segmentos. “O pacto pode representar um farol para o processo de organização e de consolidação de uma relação decente do trabalho, evitando a exploração de mão de obra com contratos seguros, com boa remuneração e respeitos as partesâ€.

O Ministério já propiciou este ano, por meio do diálogo entre as partes, a assinatura de pactos com o setor de cafeicultura nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, além dos vinicultores no Rio Grande do Sul.

Bolsa Família – Wellington Dias destacou que o pacto é uma referência para outros setores, ressaltando que tem crescido no Brasil o medo de assinar a carteira de trabalho ou regularizar CNPJ, temendo perder benefício do governo. “Temos, desde junho desse ano, uma nova regra do Bolsa Família, onde levamos em conta a renda anualizada. Se está trabalhando, recebe o dinheiro da carteira assinada, se caiu a renda, volta para o bolsa famíliaâ€, afirmou, salientando que, com essa nova regra, “o trabalhador vai comemorar sim o emprego regularizado, o emprego decente, sem medo de perder o benefícioâ€.

Assinaram o Pacto a Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), a Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras Assalariados Rurais (Contar), a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT).

O acordo estabelece princípios e diretrizes nas contrações para aperfeiçoar as condições de trabalho no setor de cafeicultura, com foco na formalização e na garantia do trabalho decente, relações trabalhistas mais justas e condições de trabalho dignas, com a participação de múltiplos atores e a disposição para o diálogo.

Segundo, Gabriel Bezerra Santos, representante da Contar, “Demos um passo importante para construir um momento melhor, uma situação melhor para os trabalhadores e trabalhadoras. É inadmissível que, em um país como o Brasil, ainda tenhamos 60% dos trabalhadores na informalidade, sem carteira de trabalho assinada. O esforço do pacto é um esforço importante para melhorar as condições de vida dos trabalhadores e dar proteção ao setor patronalâ€, afirmou.

Santos enfatizou a importância do Bolsa Família como um suporte crucial para a população vulnerável e a importância de o pacto trazer uma alternativa importante, com um resultado imediato, ao propiciar que o beneficiário não tenha medo de perder o benefício ao ser formalizado.

O representante da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), José Mário Schreiner, enfatizou que “A CNA assina e participa do Pacto pelo trabalho decente na cafeicultura do Brasil e queremos que outras cadeias produtivas sigam o mesmo caminhoâ€. A CNA, afirmou, por meio dos seus mais de 2000 sindicatos rurais, “está junto com a relação de trabalho no campo e ressalta que essa parceria é fundamental para o sucesso da agricultura e pecuária no paísâ€.

Para o diretor da Organização Internacional do Trabalho no Brasil (OIT), Vinícius Pinheiro, o Pacto promove a formalização, um caminho para o trabalho decente. “E promove a formalização com medidas inovadoras, como a articulação entre as políticas de proteção social e as de emprego. O Pacto surge de um diálogo social, é um exemplo concreto da força do diálogo social, principalmente com a criação da Mesa Tripartite Permanenteâ€, afirmou. Segundo Pinheiro, o Pacto é uma vitrine para o Brasil no cenário internacional, no que se refere a boas práticas trabalhistas.

A Mesa Tripartite de Diálogo Permanente incentivará que as entidades patronais e de trabalhadores, bem como os empregadores que aderirem voluntariamente ao Pacto e demais atores relevantes da cadeia produtiva do café, se orientem por meio do Acordo no sentido de respeitarem as práticas trabalhistas, promover a negociação coletiva e o amplo e inclusivo diálogo social, esgotando todas as possibilidades de acordo, e zelar pelo cumprimento das condições de trabalho pactuadas, além de orientar os trabalhadores e empregadores sobre a importância do respeito e valorização das atividades sindicais, inclusive dentro das propriedades rurais.

Highlights content goes here...

Summary:

On March 30th, ministers Luiz Marinho (Labor and Employment) and Wellington Dias (Development, Social Assistance, Family and Hunger Eradication) signed a pact with entities representing workers and employers in the coffee industry to promote sustainable practices in the sector. The pact, which aims to promote decent work and improve labor conditions in the coffee production chain, establishes a Tripartite Permanent Dialogue Mechanism, which will discuss conflict resolution and labor-related issues, promoting formalized employment contracts with transparency, adequate security, and health conditions, and valuing social dialogue and collective negotiation. The pact seeks to eradicate illegal labor practices and promote a better understanding of good labor practices.

Key points:

The pact is a reference point for other sectors and aims to promote decent work and improve labor conditions in the coffee industry.
The pact establishes a Tripartite Permanent Dialogue Mechanism, which will discuss conflict resolution and labor-related issues.
The pact promotes formalized employment contracts with transparency, adequate security, and health conditions, and valuing social dialogue and collective negotiation.
The pact seeks to eradicate illegal labor practices and promote a better understanding of good labor practices.
The pact is a result of a dialogue between workers, employers, and the government and represents a significant step towards improving labor conditions in the coffee industry.

Signatories:

Confederau00e7u00e3o Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (CONTAG)
Confederau00e7u00e3o Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras Assalariados Rurais (CONTAR)
Confederau00e7u00e3o da Agricultura e Pecuu00e1ria do Brasil (CNA)
Ministu00e9rio Pu00fablico do Trabalho (MPT)
Organizau00e7u00e3o Internacional do Trabalho (OIT)

Ministry of Labour and Employment

Quick Insight
RADA.AI
RADA.AI
Hello! I'm RADA.AI - Regulatory Analysis and Decision Assistance. Your Intelligent guide for compliance and decision-making. How can i assist you today?
Suggested

Form successfully submitted. One of our GRI rep will contact you shortly

Thanking You!

Login

Enter your Email

Enter your email id below to signup.

Enter your Email

Enter your email id below to signup.
Individual Plan
$125 / month OR $1250 / year
Features
Best for: Researchers, Legal professionals, Academics
Enterprise Plan
Contact for Pricing
Features
Best for: Law Firms, Corporations, Government Bodies