Brief

Summary:

The Minister of Control and Transparency of Brazil, Vinu00edcius Marques de Carvalho, participated in the Plenary Meeting of the Working Group on Bribery (WGB) of the Organization for Economic Cooperation and Development (OECD) in Paris. The meeting marks the fourth evaluation phase of Brazil's compliance with the Anti-Bribery Convention. Brazil's rapporteur, Colombia, and the United Kingdom, evaluated Brazil's efforts to prevent and combat foreign bribery, as well as its institutional framework and policies.

Key highlights include:

Brazil's commitment to combating foreign bribery and implementing the Anti-Bribery Convention
Strengthening the Brazilian Control and Transparency General olice (CGU) to detect and investigate new cases
Promoting integrity and fighting corruption through policies and practices
Adapting institutional framework and regulations to prevent and combat foreign bribery
* Strengthening partnerships with international organizations and civil society to combat corruption.

The report will be published on October 19th and will provide new recommendations for Brazil, which will be monitored by the WGB.

O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius Marques de Carvalho, participou, nesta quarta-feira (11/10), em Paris, da reunião plenária do Grupo de Trabalho sobre Suborno Transnacional (Working Group on Bribery – WGB) da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Na ocasião, aconteceu a primeira leitura do relatório do Brasil. Ainda no dia 11, Vinícius de Carvalho se encontrou, em visita institucional, com o diretor-adjunto de Diplomacia Econômica da França, Julien Buissard. Carvalho apresentou a agenda do Brasil no campo da promoção da integridade e do enfretamento da corrupção para os próximos meses, incluindo a atuação do país na coordenação das atividades do Grupo de Trabalho Anticorrupção do G20.

Compromisso histórico

Em discurso, durante a reunião na OCDE, o ministro da CGU ressaltou que, nessa quarta avaliação do Brasil, o país demonstrou seu compromisso histórico em combater o suborno estrangeiro e implementar a Convenção Antissuborno. Segundo ele, as medidas tomadas para prevenir e combater o suborno estrangeiro, juntamente com todas as outras formas corrupção, fazem parte de uma estratégia mais ampla que visa promover políticas de integridade eficazes e legítimas.

“Essas políticas buscam promover o desenvolvimento sustentável do ambiente de negócios do Brasil, tanto no âmbito nacional como internacional, contribuindo para o alcance de metas econômicas, sociais e ambientais”, afirmou.

Integridade e enfrentamento à corrupção

O Brasil enfatizou a agenda de promoção da integridade como um elemento-chave na luta contra o suborno estrangeiro e na detecção de atividades ilícitas que afetam as transações comerciais nacionais e internacionais. “As empresas devem adotar uma política de integridade voltada para a prevenção de atos de corrupção, mas que também tratem de forma abrangente as questões de sustentabilidade, governança e transparência”, frisou Vinícius de Carvalho.

Outro componente essencial da estratégia brasileira envolve o incremento da capacidade de detectar atos ilícitos que vão além da oferta de acordos de leniência e cooperação. “Estamos desenvolvendo uma política abrangente para combater o suborno estrangeiro, a fim de garantir que as agências competentes possam detectar e abordar proativamente a má conduta”, pontuou o ministro da CGU.

O relatório preliminar da OCDE assinalou que o Brasil adotou diversas medidas para reforçar a capacidade de suas instituições combater o suborno estrangeiro. Os examinadores parabenizaram a reestruturação e o fortalecimento da CGU na detecção e investigação de novos casos, simplificando seus próprios sistemas e processos internos, por meio da criação, em 2023, da Secretaria de Integridade Privada. O relatório destaca ainda a importância do trabalho em parceria desenvolvido com a Advocacia-Geral da União, Polícia Federal, Ministério Público Federal e outras instituições relevantes.

Marcos significativos

Como um dos primeiros signatários da Convenção Antissuborno em 2000, o Brasil tem procurado melhorar o seu quadro regulamentar e institucional, práticas e políticas para prevenir e combater o suborno estrangeiro. O envolvimento ativo no Grupo de Trabalho sobre Suborno e a participação em múltiplas fases de avaliação conduziram a marcos significativos, incluindo:

  • os 10 anos da promulgação da Lei de Responsabilidade Empresarial que estabelece a responsabilidade civil e administrativa das pessoas jurídicas pela corrupção nacional e estrangeira e cria o acordo de leniência como importante instrumento de resolução extrajudicial;
  • a criminalização do suborno estrangeiro e crimes relacionados e a promulgação da Lei das Organizações Criminosas, que previa uma série de técnicas especiais de investigação;
  • a priorização no fomento da integridade para sensibilizar, divulgar boas práticas e prevenir atividades ilícitas entre diversas partes interessadas dos setores público e privado.

“O Brasil continua comprometido com o combate ao suborno estrangeiro e com a plena implementação da Convenção. Procuramos um diálogo construtivo e a colaboração com o WGB neste processo de avaliação para garantir o sucesso contínuo da Convenção”, concluiu o ministro da CGU.

O relatório final da reunião deste ano será publicado no dia 19 de outubro.

Fase 4

Esta é a quarta fase de avaliação do Brasil no cumprimento das obrigações da Convenção. Trata-se de procedimento regular ao qual todos os países membros da Convenção se submetem.

A avaliação foi realizada por pares – Colômbia e Reino Unido -, países também signatários da Convenção. Iniciada em fevereiro, a avaliação teve como primeira etapa a resposta ao questionário de avaliação, que foi entregue pelo Brasil cobrindo os mais diversos temas relacionados à prevenção, detecção e sanção ao suborno transnacional. Os avaliadores analisaram as repostas e realizaram uma vista in loco ao país, em Brasília e São Paulo, para pessoalmente sanar eventuais dúvidas e solicitar esclarecimentos aos representantes de órgãos e entidades pertinentes, bem como de representantes da sociedade civil, advocacia, imprensa e entidades privadas.

O resultado da avaliação será consolidado no relatório final que apresentará novas recomendações para o Brasil, que serão monitoradas pelo WGB. No Brasil, compete à CGU acompanhar o grau de implementação pelo país, por meio da articulação com os demais órgãos públicos competentes.

O Brasil teve seu primeiro relatório de avaliação aprovado pelo WGB em 2004 e concluiu a Fase 3 de monitoramento em 2014, tendo ainda apresentado relatório escrito de follow-up em 2017. Em 2019, o Brasil recebeu uma Missão de Alto Nível do WGB. Todos os relatórios de avaliação do Brasil estão publicados, na íntegra, no site da CGU. E as recomendações provenientes desses relatórios estão também disponibilizadas em um painel interativo desenvolvido pelo órgão.

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Convenção

A Convenção sobre o Combate da Corrupção de Funcionários Públicos Estrangeiros em Transações Comerciais Internacionais, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), é o principal instrumento internacional juridicamente vinculante dedicado a prevenir e combater o suborno transnacional, cobrindo tanto a responsabilização criminal de pessoas físicas, quanto medidas para responsabilizar pessoas jurídicas, além de temas transversais, como tratamento tributário, lavagem de ativos, cooperação internacional, extradição, entre outros.

Firmada em 1997, a Convenção Antissuborno da OCDE foi adotada por 44 países signatários, incluindo todos os 38 Estados membros da OCDE, além de Argentina, Brasil, Bulgária, Peru, Rússia e África do Sul.

O Brasil esteve entre os primeiros signatários, tendo promulgado a Convenção em 2000. Como signatários, os países se comprometem a participar de um processo sistemático de monitoramento da implementação e efetiva aplicação dos termos da Convenção e demais instrumentos relacionados. Tal processo é conduzido pelo Grupo de Trabalho sobre Suborno (WGB). O monitoramento consiste em um procedimento ordinário de avaliação e acompanhamento, dividido em fases, que pode ser acrescido da adoção de medidas extraordinárias, quando são detectadas falhas na implementação da Convenção pelos países signatários.

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Summary

The Minister of Control-General of the Union (CGU), Vinu00edcius Marques de Carvalho, participated in the plenary meeting of the Working Group on Bribery (WGB) of the Organization for Economic Cooperation and Development (OECD) in Paris, France, on October 11. During the meeting, the first reading of Brazil’s report took place. Additionally, Minister Carvalho met with the Director-Adjunct of Economic Diplomacy of France, Julien Buissard, to present Brazil’s agenda for the promotion of integrity and the fight against corruption for the next few months.

Commitment to Combating Foreign Bribery

In his speech, Minister Carvalho emphasized that Brazil has a long-standing commitment to combating foreign bribery and implementing the Anti-Bribery Convention. He highlighted that measures taken to prevent and combat foreign bribery, together with other forms of corruption, form part of a broader strategy aimed at promoting effective and legitimate integrity policies. These policies seek to promote sustainable business development in Brazil, both nationally and internationally, contributing to economic, social, and environmental goals.

Integrity and Anti-Corruption

Brazil emphasized the importance of promoting integrity as a key element in the fight against foreign bribery and detecting illegal activities affecting national and international trade transactions. Minister Carvalho stressed that companies should adopt integrity policies focused on preventing corruption, as well as addressing broader issues of sustainability, governance, and transparency. Another essential component of Brazil’s strategy involves increasing the capacity to detect illegal activities that go beyond the provision of leniency agreements and cooperation.

OECD Report

The preliminary report of the OECD praised Brazil’s adoption of various measures to strengthen the capacity of its institutions to combat foreign bribery. The report highlighted the reorganization and strengthening of the CGU in detecting and investigating new cases, as well as the creation of the Private Integrity Secretariat in 2023. The report also emphasized the importance of the work in partnership developed with the Public Prosecutor’s Office, Federal Police, and other relevant institutions.

Significant Milestones

As one of the first signatories of the Anti-Bribery Convention in 2000, Brazil has been striving to improve its regulatory framework and institutional practices to prevent and combat foreign bribery. Brazil’s active involvement in the WGB and participation in multiple evaluation phases have led to significant milestones, including:

The 10-year anniversary of the promulgation of the Responsible Business Law, which establishes civil and administrative liability for corporations for national and foreign bribery, and the leniency agreement as an important instrument for extrajudicial resolution;
The criminalization of foreign bribery and related crimes and the promulgation of the Organized Crime Law, which provided for a series of special investigation techniques;
Prioritizing integrity promotion to sensitize, disseminate good practices, and prevent illegal activities among public and private sector stakeholders.

Commitment to Combating Foreign Bribery

Minister Carvalho concluded that Brazil remains committed to combating foreign bribery and implementing the Anti-Bribery Convention. Brazil seeks a constructive dialogue and collaboration with the WGB in this evaluation process to ensure the continued success of the Convention.

Forthcoming Report

The final report of this year’s meeting will be published on October 19.

Timeline

This is the fourth phase of Brazil’s evaluation of its implementation of the Anti-Bribery Convention obligations. The evaluation was conducted by peer reviewers u2013 Colombia and the United Kingdom u2013 also signatory countries to the Convention. The evaluation process began in February and consisted of the initial response to the evaluation questionnaire, which covered various themes related to prevention, detection, and sanctioning of foreign bribery. The reviewers analyzed the responses and conducted a site visit to Brazil, where they personally clarified any doubts and requested explanations from representatives of relevant government agencies, civil society, and the private sector.

OECD Convention*

The OECD Anti-Bribery Convention is the principal international legally binding instrument dedicated to preventing and combating foreign bribery, covering both individual criminal responsibility and legal liability for corporations, as well as transverse issues such as tax treatment, money laundering, international cooperation, extradition, and others. Signed in 1997, the Convention has been ratified by 44 signatory countries, including all 38 OECD member states, Argentina, Brazil, Bulgaria, Peru, Russia, and South Africa. Brazil was one of the initial signatories, having signed the Convention in 2000. As signatory countries, governments commit to participate in a systematic monitoring process for the implementation and effective application of the Convention’s terms and related instruments, conducted by the WGB.

Comptroller General of Brazil

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